Mudança de Humor:
O que é, causas e tratamento
O que é mudança de humor e quando ela exige atenção especial?
De um modo geral, todos têm alguma mudança de humor. Ninguém consegue ter um humor completamente estável o tempo todo. Essas variações ocorrem, normalmente, ao longo do dia e ao longo da vida. Elas podem ser momentâneas ou circunstanciais, desde que não se tornem ameaça para si ou para os outros.
Porém, quando a situação ocorre de forma intensa, causa prejuízo funcional, começa a incomodar ou impactar a vida de alguém, é necessário intervir para recuperar o equilíbrio e proteger a saúde.
Nesses casos, o ideal é procurar ajuda profissional para avaliar a existência de algum transtorno mais grave. Somente um diagnóstico correto permite analisar se a mudança de humor se enquadra dentro de um contexto recuperável, como o abuso de tóxicos, por exemplo.
Como a mudança de humor e de comportamento está relacionada às drogas ou aos transtornos mentais?
Especialistas afirmam que a maioria dos indivíduos com transtorno de humor estão envolvidos com o uso de alguma substância química. Principalmente quanto ao uso de drogas na adolescência, a atenção precisa ser redobrada, pois nesses casos, os transtornos emocionais são bem mais elevados que na população em geral.
A depressão é um dos diagnósticos mais comuns em pacientes que tenham envolvimento com álcool ou com drogas ilícitas. Outra questão preocupante é a fobia social, que está muito associada ao uso de bebidas ou de tóxicos, como forma de facilitar a socialização.
Por isso, a identificação precoce desse problema é essencial para direcionar ao tratamento imediato a fim de que se tenha mais chances de recuperação. A ausência de intervenção profissional contribui para aumentar os riscos para os quadros psicóticos graves, o que pode resultar em ideações suicidas.
Diante da importância desse tema, listamos as principais alterações de humor e de comportamento que podem indicar que uma pessoa é usuário de drogas, ou que passa por transtornos mentais. Observe!
- Isolamento social;
- Fala agressiva ou ríspida;
- Impulsividade descontrolada;
- Queda no rendimento escolar;
- Euforia, aparentemente sem causa;
- Redução da produtividade no trabalho;
- Ideias ou falas relacionadas ao suicídio;
- Falta de habilidades no gerenciamento da raiva;
- Redução do diálogo com os pais, responsáveis ou amigos;
- Alternância entre depressão profunda e momentos de alegria;
- Furto de dinheiro de familiares ou de amigos para manter o vício;
- Necessidade generalizada de ficar sozinho, como se trancar no quarto por muito tempo.
Quando a mudança de humor e de comportamento necessita de intervenção profissional?
Normalmente, a dependências de droga pode mudar a maneira como as pessoas se apresentam e seu comportamento fica diferente. Até mesmo as modificações repentinas no estilo de se vestir, no corte de cabelo e nos hábitos de higiene, por exemplo, podem ser indícios de que algo não está bem.
Tais alterações comportamentais devem servir de alerta para que os familiares busquem uma forma de ajudar aos seus entes queridos. Há momentos, entretanto, em que o abuso de substâncias químicas causam mudanças muito radicais e que exigem intervenção profissional imediata. É preciso atenção e cuidado, já que o tratamento precoce é essencial à recuperação mental e física do paciente.
Porém, há outros fatores que também influenciam a mudança de humor e que levam as pessoas — principalmente os mais jovens — ao envolvimento com entorpecentes. Além do uso de drogas, listamos outros motivos que podem resultar nessas alterações repentinas de comportamento. Veja quais são:
- Luto;
- Desemprego;
- Estresse crônico;
- Crise depressiva;
- Perda financeira;
- Falta de perspectiva futura;
- Diagnóstico de doença grave ou incurável;
- Impacto da separação dos pais (para os mais jovens);
- Problemas afetivos, como fim de namoro ou de outras relações conjugais.
O que os amigos e familiares devem fazer?
É preciso desmistificar a ideia de que as alterações de comportamento, ainda que pareçam mais sérias, se resolverão sozinhas. Muitos familiares não dão a devida importância a esse problema ,e ainda se justificam dizendo para o parente que “isso é coisa da sua cabeça”.
Porém, a mudança de humor resultante de questões graves como o consumo de drogas, se não tratada adequadamente, torna-se um risco em potencial. Com o uso habitual de tóxicos, as complicações podem evoluir para doenças mentais irreversíveis, como as lesões cerebrais resultantes da overdose.
Portanto, as pessoas não podem ignorar os sintomas e ficarem expostas aos riscos associados às alterações comportamentais. O ideal é procurar um profissional de saúde para prover as soluções necessárias. Igualmente relevante é mudar o olhar diante do problema, superar o preconceito e desmistificar a ideia de que o psiquiatra é um médico para loucos.
A Psiquiatria é uma especialidade como qualquer outra, mas que foca a saúde mental, seja de forma preventiva ou terapêutica. Assim, a família precisa compreender que as mudanças comportamentais bruscas exigem a necessidade de ajuda especializada, como a internação psiquiátrica. Sobretudo para frear os impactos do consumo de drogas, é preciso priorizar o tratamento e a recuperação do fluxo normal de vida.
Como o Instituto Aron pode ajudar nestes casos?
Para superação dos sintomas e a redução dos riscos de complicações à saúde de forma segura, o hospital psiquiátrico é a melhor alternativa. O Instituto Aron tem uma equipe de profissionais experientes e especializados em tratamento para recuperação da saúde mental dos usuários de drogas.
A equipe multidisciplinar atua de forma integrada, personalizada, e de acordo com o estado emocional e físico do dependente químico. São profissionais plenamente capacitados para ajudá-lo na superação do vício.
As vias de tratamento podem ser intensivas ou ambulatoriais. Por meio da internação se estabelece mais rápido o diagnóstico, o tratamento e a medicação são monitorados de forma contínua. Ambulatorialmente, com consultas e terapias, também é possível proporcionar uma ajuda adequada. O Instituto Aron está preparado para atender todos esses e os demais casos relacionados à saúde mental.
Logo, a busca de tratamento adequado, é essencial à reabilitação mental e física. Mudança de humor e de comportamento — principalmente resultantes do abuso de drogas — sinaliza a necessidade de intervenção profissional urgente. Do contrário, pode evoluir para condições clínicas irreversíveis e colocar em risco a vida do paciente.
Mas por que os homens não recebem diagnósticos e cuidados que precisam?
Desde criança os meninos aprendem que devem ser emocionalmente fortes e evitar mostrar vulnerabilidade. Portanto, os homens tendem a minimizar seus sintomas de saúde mental, não reconhecem o que estão passando e relutam em procurar ajuda.
Quais são os sintomas comuns de saúde mental masculina?
Os homens não costumam falar abertamente sobre suas lutas emocionais, como se sentirem tristes, inúteis ou sem esperança. Em vez disso, as condições de saúde mental masculina geralmente se manifestam em sintomas como:
- Agressão e violência
- Atividades de alto risco
- Abuso de substâncias
- Problemas físicos, como dores de cabeça crônicas ou dores de estômago
- Sentimentos de inquietação e dificuldade de concentração
- Alterações de apetite e peso
- Fadiga
- Pensamento obsessivo.
Como resultado, os problemas de saúde mental em homens jovens geralmente não são diagnosticados ou são diagnosticados incorretamente, o que significa que muito mais homens estão sofrendo do que as estatísticas refletem. Abaixo estão os cinco dos distúrbios de saúde mental masculinos mais comuns.
Depressão
A depressão masculina é um dos maiores problemas de saúde mental nos homens. Segundo o Ministério da Saúde, de acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico. De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida.
Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade. Estudos mostram prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para os homens.
Mas enquanto a depressão masculina é diagnosticada com menos frequência do que nas mulheres, muitos homens jovens têm depressão que não é identificada pelo médico porque seus sintomas são menos típicos do transtorno depressivo maior.
Além disso, enquanto os homens são menos propensos a receber diagnósticos de depressão e tentam suicídio em taxas mais baixas do que as mulheres, eles são 3,7 vezes mais propensos a morrer por suicídio, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental, nos Estados Unidos. Isso porque os homens que tentam o suicídio usam métodos mais letais, principalmente armas de fogo. Além disso, como os jovens adultos tentam suicídio em taxas mais altas do que qualquer outra faixa etária, os homens jovens correm um risco extremamente alto.
Ansiedade
Os transtornos de ansiedade são um dos transtornos mentais masculinos mais comuns. Tipos de transtornos de ansiedade em homens incluem:
- Síndrome do pânico
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
- Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
- Ansiedade Social
- Fobias.
Enquanto as mulheres têm cerca de 2 vezes mais chances de lutar contra o transtorno de ansiedade geral e o transtorno do pânico, as taxas de ansiedade social e TOC são aproximadamente iguais entre homens e mulheres. Além disso, a ansiedade nos homens geralmente leva a uma maior probabilidade de serem diagnosticados com transtorno por uso de substâncias e TDAH.
Transtorno por uso de substâncias
Os dados da mais recente pesquisa Monitoring the Future com jovens adultos mostram que, em geral, os homens jovens são mais propensos do que as mulheres a abusar de drogas, incluindo maconha, alucinógenos e analgésicos prescritos. Além disso, os homens têm quase duas vezes mais chances de beber demais do que as mulheres e têm taxas consistentemente mais altas de mortes e hospitalizações relacionadas ao álcool. Como o consumo problemático e o abuso de outras substâncias masculinas são vistos como socialmente aceitáveis ??para homens jovens e até mesmo considerados “masculinos”, são menos frequentemente reconhecidos como um sintoma de uma condição de saúde mental masculina.
Essas atitudes colocam os jovens do sexo masculino em maior risco de abuso de substâncias, incluindo a dependência de múltiplas substâncias, de acordo com um estudo conduzido pela Universidade Johns Hopkins, Universidade de Minnesota e Escola de Saúde Pública Bloomberg. Consequentemente, as estatísticas do Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA) mostram que o transtorno por uso de substâncias está entre os transtornos mentais masculinos mais comuns, com mais homens em tratamento do que mulheres.
Transtorno de Estresse Pós-traumático
O Transtorno do Estresse Pós-traumático é outro dos problemas de saúde mental mais comuns em homens. Aproximadamente 60% dos homens experimentam pelo menos um trauma em suas vidas, geralmente relacionado a acidentes, agressão física, combate ou testemunho de morte ou ferimento. De acordo com a Administração de Serviços de Saúde Mental e Abuso de Substâncias, mais de dois terços dos adolescentes passaram por um evento traumático, e essas experiências podem ter efeitos de longo prazo na saúde mental de adultos jovens.
Nas semanas, meses e até anos após uma experiência traumática, os homens jovens podem apresentar sintomas de TEPT que interferem em sua vida diária e funcionamento. E embora os diagnósticos de TEPT sejam novamente mais comuns em mulheres do que em homens, os especialistas suspeitam que isso também pode ser devido ao condicionamento dos homens a sofrer em silêncio ou a desconsiderar problemas físicos ou comportamentais que podem ser sintomas de TEPT ou outro distúrbio de saúde mental masculino comum.
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